domingo, 8 de setembro de 2013

Whisky, Cigarro e Pecado



O dia encerrou, e ao cair da noite, após uma vibração melancólica no telefone móvel, a mensagem sugeriria que a noite seria no mínimo estranha.

Após sair e me encontrar com ela, algumas doses de whisky, e o teor da libido estar impregnado no cérebro, saímos da taberna. É estranho, quando você faz algo que sua mente está acostumada a pensar que é errado, no mínimo um pecado mortal, para os religiosos.

Bebida alcóolica combinada com outros ingredientes ilumina o fantasma do desejo e expulsa os demônios do corpo, liberta o pensamento carnal.

Chegamos, e para não despertar quem ali dormia, entramos em pontas de pé, sem barulho, o local todo escuro traz a sensação de que algo pecaminoso irá contaminar.

Quando os jeans de ambos tocaram o solo, e os lábios se tocaram era tarde demais para ela dizer que era cedo. E cedo o suficiente para não me envolver emocionalmente.

Foi o que aconteceu, dois corpos na escuridão de um quarto, juntos por desejo ou simplesmente por boas doses de whisky.

Depois do pecado consumado, o cigarro aceso foi como um golpe fatal. “Não sabia que você fumava.” A resposta em tom de sarcasmo, “Não sei o seu sobrenome.”

É chegada a hora de partir. Os jeans subiram os corpos, e o caminhar na ponta dos pés nos levou para fora, mas o whisky, seu efeito só chegará no dia seguinte. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário