quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Discurso final de O Grande Ditador

Desde a segunda guerra mundial, nunca o discurso final de O Grande Ditador, escrito por Charlie Chaplin, nunca esteve tão vivo. O Mundo está um caos... Militares, vocês foram criados para proteger em primeiro lugar, foram criados para proteger o povo, mas vocês estão fazendo errado, vocês estão protegendo o sistema corrupto e fraudulento, estão agredindo o povo. Militares da Síria estão matando suas crianças, no Japão e na China estão defendendo interesses políticos individuais, por causa de ilhas. Em Madrid estão agredindo um povo que mais da metade não tem emprego, na Grécia massacrando ainda mais uma sociedade que vem sofrendo de forma avassaladora com a crise. No Brasil, chacinas, corrupção... Na África matando mineiros. Militares de todo o mundo, defendam seus povos, não seus opressores. Segue o discurso final de O Grande Ditador:

O último discurso
de “O Grande Ditador”
            Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
            Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!
 


Senhor sendo arrastado pela Polícia Espanhola em Madrid - set de 2012



Talvez um dia eu deixe de protestar e passe a falar de amor. Será mais saudável para minha alma e para meu coração.
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

L O V E

Isn't matter if you are catholic, judeo or muslim. Isn't matter if you are black or white, tall or short. We are all equal, we are human. Don't fight because the religion of your neighbor is different, do not fight for stupid cases. We don't need of other war or more people killing each other on the streets. We need fight together for a better world for all! We need peace and love, we need education and health! We need be brothers not enemies. Close your eyes and you can imagine the world we have with birds singing around; Look up, the sky above is beautiful. Let's be lovers of life!
 
 



 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Massacre de Katyn



Matéria publicada pelo jornal francês Le Monde.
TOP SECRET – Massacre de Katyn : des archives apportent la preuve que les Etats-Unis ont protégé l’URSS
Crédits : Archives nationales américaines
Les archives nationales américaines ont, depuis le 10 septembre, mis à disposition du grand public de nouveaux documents secrets relatifs au massacre de Katyn en 1940, où 22 000 Polonais ont été abattus. Y figurent des preuves irréfutables que les Etats-Unis savaient depuis 1943 que l'URSS était responsable de cette barbarie, non pas le Reich.
En 1943, des nazis conduisent un groupe de soldats captifs dans la forêt de Katyn, au sud de la Russie. La zone est alors sous contrôle allemand. Les prisonniers y découvrent des milliers de corps entassés dans des fosses. Les documents, lettres et autres journaux intimes retrouvés sur les cadavres en état avancé de décomposition, sont datés, au plus tard, de 1940. Pour les témoins de cette atroce découverte, force est de constater que les exécutions ne sont pas récentes, voire vieilles de plusieurs années, à l'époque où la zone était encore sous contrôle de l'URSS. Deux Américains, le capitaine Donald Stewart et le lieutenant-colonel John Van Vliet, décident d'informer Washington que les responsables de cette tuerie ne sont pas les nazis. Mais de hauts responsables de l'administration du président Roosevelt font disparaître le messages codé. Hors de question de mettre en cause l'Union soviétique, alors puissant alliée des Etats-Unis contre l'Allemagne et le Japon.
Durant les quelques années qui suivirent la fin de la guerre, le gouvernement américain mena une large enquête dont le rapport final, publié en 1952, en pleine guerre froide, conclut à la culpabilité des Soviétiques. Mais à aucun moment le rapport ne mentionne le message codé, envoyé par Stewart et Van Vliet... Celui-ci constitue une des preuves écrites les plus évidentes que Washington "avait pleinement conscience de la vraie nature du stalinisme", et ce depuis longtemps, souligne Allen Paul, chercheur expert sur le massacre de Katyn.
Parmi les 1 000 pages de documents secrets publiées lundi par les archives américaines figure donc ce message codé donc la publication aurait peut-être pu changer le cours de l'histoire. "Le déni des Occidentaux au sujet de Katyn a été un coup fatal pour les Polonais qui n'a fait qu'empirer leur sort", estime Allen Paul.
D'autres preuves cruciales sont désormais consultables dans les archives américaines, notamment le rapport envoyé par un ambassadeur britannique à son premier ministre, Winston Churchill. "Nous disposons à présent d'un bon nombre de preuves négatives permettant d'émettre de sérieux doutes quant au déni de responsabilité des Russes dans l'affaire du massacre de Katyn", peut-on lire.
Côté russe, il aura fallu attendre 1990 pour que Mikhaïl Gorbatchev reconnaisse les faits et adresse des excuses publiques à la Pologne. Mais pendant 50 ans, les familles des victimes de Katyn ont enduré discriminations et frustration.
Depuis, Moscou publie également des informations secrètes au compte-gouttes. En 2010, l'ordre d'exécution des 22 000 victimes polonaises signé de la main de Staline a notamment été rendu public. Tout un symbole. Mais certains documents, dont ceux relatifs à une nouvelle enquête menée en Russie dans les années 1990, sont encore inaccessibles, au grand dam des activistes des droits de l'homme qui demandent une totale transparence.
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Un cañón por el culo.

Texto que está rodando o mundo e nos leva a pensar sobre o atual sistema financeiro global. Alguns chamam de Terrorismo Financieiro.
Foi publicado pelo Jornal Espanhol El País. Escrito pelo jornalista Juan José Millas.
  
Si lo hemos entendido bien, y no era fácil porque somos un poco bobos, la economía financiera es a la economía real lo que el señor feudal al siervo, lo que el amo al esclavo, lo que la metrópoli a la colonia, lo que el capitalista manchesteriano al obrero sobreexplotado. La economía financiera es el enemigo de clase de la economía real, con la que juega como un cerdo occidental con el cuerpo de un niño en un burdel asiático. Ese cerdo hijo de puta puede hacer, por ejemplo, que tu producción de trigo se aprecie o se deprecie dos años antes de que la hayas sembrado. En efecto, puede comprarte, y sin que tú te enteres de la operación, una cosecha inexistente y vendérsela a un tercero que se la venderá a un cuarto y este a un quinto y puede conseguir, según sus intereses, que a lo largo de ese proceso delirante el precio de ese trigo quimérico se dispare o se hunda sin que tú ganes más si sube, aunque te irás a la mierda si baja. Si baja demasiado, quizá no te compense sembrarlo, pero habrás quedado endeudado sin comerlo ni beberlo para el resto de tu vida, quizá vayas a la cárcel o a la horca por ello, depende de la zona geográfica en la que hayas caído, aunque no hay ninguna segura. De eso trata la economía financiera.
Estamos hablando, para ejemplificar, de la cosecha de un individuo, pero lo que el cerdo hijo de puta compra por lo general es un país entero y a precio de risa, un país con todos sus ciudadanos dentro, digamos que con gente real que se levanta realmente a las seis de mañana y se acuesta de verdad a las doce de la noche. Un país que desde la perspectiva del terrorista financiero no es más que un tablero de juegos reunidos en el que un conjunto de Clicks de Famóbil se mueve de un lado a otro como se mueven las fichas por el juego de la Oca.
La primera operación que efectúa el terrorista financiero sobre su víctima es la del terrorista convencional, el del tiro en la nuca. Es decir, la desprovee del carácter de persona, la cosifica. Una vez convertida en cosa, importa poco si tiene hijos o padres, si se ha levantado con unas décimas de fiebre, si se encuentra en un proceso de divorcio o si no ha dormido porque está preparando unas oposiciones. Nada de eso cuenta para la economía financiera ni para el terrorista económico que acaba de colocar su dedo en el mapa, sobre un país, este, da lo mismo, y dice “compro” o dice “vendo” con la impunidad con la que el que juega al Monopoly compra o vende propiedades inmobiliarias de mentira.
Cuando el terrorista financiero compra o vende, convierte en irreal el trabajo genuino de miles o millones de personas que antes de ir al tajo han dejado en una guardería estatal, donde todavía las haya, a sus hijos, productos de consumo también, los hijos, de ese ejército de cabrones protegidos por los gobiernos de medio mundo, pero sobreprotegidos desde luego por esa cosa que venimos llamando Europa o Unión Europea o, en términos más simples, Alemania, a cuyas arcas se desvían hoy, ahora, en el momento mismo en el que usted lee estas líneas, miles de millones de euros que estaban en las nuestras.
Y se desvían no en un movimiento racional ni justo ni legítimo, se desvían en un movimiento especulativo alentado por Merkel con la complicidad de todos los gobiernos de la llamada zona euro. Usted y yo, con nuestras décimas de fiebre, con nuestros hijos sin guardería o sin trabajo, con nuestro padre enfermo y sin ayudas para la dependencia, con nuestros sufrimientos morales o nuestros gozos sentimentales, usted y yo ya hemos sido cosificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, ya no poseemos las cualidades humanas que nos hacen dignos de la empatía de nuestros congéneres. Ya somos mera mercancía a la que se puede expulsar de la residencia de ancianos, del hospital, de la escuela pública, hemos devenido en algo despreciable, como ese pobre tipo al que el terrorista por antonomasia está a punto de dar un tiro en la nuca en nombre de Dios o de la patria.
A usted y a mí nos están colocando en los bajos del tren una bomba diaria llamada prima de riesgo, por ejemplo, o intereses a siete años, en el nombre de la economía financiera. Vamos a reventón diario, a masacre diaria y hay autores materiales de esa colocación y responsables intelectuales de esas acciones terroristas que quedan impunes entre otras cosas porque los terroristas se presentan a las elecciones y hasta las ganan y porque hay detrás de ellos importantes grupos mediáticos que dan legitimidad a los movimientos especulativos de los que somos víctimas.
La economía financiera, si vamos entendiéndolo, significa que el que te compró aquella cosecha inexistente era un cabrón con los papeles en regla. ¿Tenías tú libertad para no vendérsela? De ninguna manera. Se la habría comprado a tu vecino o al vecino de tu vecino. La actividad principal de la economía financiera consiste en alterar el precio de las cosas, delito prohibido cuando se da a pequeña escala, pero alentado por las autoridades cuando sus magnitudes se salen de los gráficos.
Aquí están alterando el precio de nuestras vidas cada día sin que nadie le ponga remedio, es más, enviando a las fuerzas del orden contra quienes tratan de hacerlo. Y vive Dios que las fuerzas del orden se emplean a fondo en la protección de ese hijo de puta que le vendió a usted, por medio de una estafa autorizada, un producto financiero, es decir, un objeto irreal en el que usted invirtió a lo mejor los ahorros reales de toda su vida. Le vendió humo el muy cerdo amparado por las leyes del Estado que son ya las leyes de la economía financiera, puesto que están a su servicio.
En la economía real, para que una lechuga nazca hay que sembrarla y cuidarla y darle el tiempo preciso para que se desarrolle. Luego hay que recolectarla, claro, y envasarla y distribuirla y facturarla a 30, 60 o 90 días. Una cantidad enorme de tiempo y de energías para obtener unos céntimos, que dividirás con el Estado, a través de los impuestos, para costear los servicios comunes que ahora nos están reduciendo porque la economía financiera ha dado un traspié y hay que sacarla del bache. La economía financiera no se conforma con la plusvalía del capitalismo clásico, necesita también de nuestra sangre y en ello está, por eso juega con nuestra sanidad pública y con nuestra enseñanza y con nuestra justicia al modo en que un terrorista enfermo, valga la redundancia, juega metiendo el cañón de su pistola por el culo de su secuestrado.
Llevan ya cuatro años metiéndonos por el culo ese cañón. Y con la complicidad de los nuestros.


El País - 14 de agosto de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

MUDANÇA

O original desse texto eu escrevi em inglês, para uma página de uma amiga dos Estados Unidos. Você pode encontrar o original em inglês na página  Bay Area Creative Writing Circle.
 
Nós estamos acostumados e até gostamos da rotina. Gostamos das coisas do jeito que são e estão. Gostamos e nos habituamos a ler o mesmo tipo de livro, escutar o mesmo tipo de música; dançamos sempre do mesmo jeito, rimos sempre do mesmo jeito. Isso nos envelhece por dentro, envelhece nossos corações.
Agora se você disser sim para mudança, você estará dizendo sim para aprender algo diferente na sua vida e cada vez que você mudar, você vai aprender algo novo.
Mude seu jeito de viver, mesmo que seja um dia na semana, um dia no mês, que seja um dia no ano, mas mude. Mude o caminho que faz para ir trabalhar, mude seu estilo de música, mude a forma com que trata as pessoas. Ande na chuva, cante na chuva. Mude o tipo de leitura, mude o penteado. Brinque com as crianças na rua, converse com os idosos no parque, conte uma piada no ônibus. Mude de tênis, de sapato. Mude o jeito de pensar; Olhe de forma diferente para as pessoas na rua. Mude o humor, mude o sorriso no rosto. Mude de canal!