domingo, 27 de abril de 2014

Perto dos 30


Estou perto daquela idade em que dores nas costas são sinais de que o corpo precisa de mais descanso e menos noitadas de cervejas e cigarros. PQP!

O que antes era fácil de aguentar, agora são horas de resmungos! “Quero minha casa”, “Não aguento mais esse barulho”, e por ai vai a minha lista de negativismo na vida noturna hoje.

Olhar as fotos antigas dá uma nostalgia triste e alegre ao mesmo tempo. Os cadernos da escola são as lembranças do que fui e o que sou hoje, triste para caralho!

Futebol na rua, porra, quanto tempo desde a última vez. Era um profissional de pelada no asfalto, com as traves feitas de chinelos e tijolos. As vizinhas ficavam loucas.

Agora o corpo pede mais atenção. Balada com luzes piscando e aquelas sensações de mundo psicodélico dão lugar para livros, cinema... E chá. Porra, como tô diferente!

Era fácil não pensar em nada. Hoje não dá nem para dormir sem pensar em algo que aconteceu, está acontecendo ou vai acontecer... Ou que tudo isso não passa de uma bobagem.

Aquela energia de criança está perdendo espaço para um cansaço de matar a alma. Mas a alma é jovem, aguenta. O corpo não.

O refrigerante deu lugar à dose generosa de vodka, acompanhada de conversas politicamente correta, ah, porra nenhuma!

Amores de adolescente não são mais os mesmos. Agora são paixões, como fogo, que ardem e queimam, mas são muito mais emocionantes.

As viagens que antes eram aquelas excursões com os amigos da escola, agora são com destino ao desconhecido. Verdadeiras aventuras.

É... Perto dos trinta eu começo a pensar que a vida é curta e que esse tempo aqui não pode ser desperdiçado com “esperas” por nada. Li numa crônica algum tempo atrás que dizia que a Espera é o que fazemos dela, portanto, vou fazer da minha espera, uma espera incrível.

Mas os trinta anos ainda vão esperar mais um pouquinho para me alcançar... Pelo menos mais dois anos.

Agora vou tomar um bom chá... Boa noite!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Vou rabiscar um pedaço de papel. Colocar o pensamento sobre retas e desenhar a angústia. Rabiscar as retas e tirar do coração a razão. Buscar no fundo da garrafa de bebida ardente a lucidez rabiscada. Vou amassar o papel rabiscado de bebida e jogar no lixo...